Estiveram todos muito bem e foram fantásticos. Não faltou sensibilidade artística e atitude cultural. Obrigado pela participação.
Vamos começar já a pensar na próxima Tertúlia Orpheu que será dedicada ao género musical Blue e à Poesia. Boa Páscoa. Sejam felizes e descansem!
4 comentários:
A angústia do Amor,
Irrequieta-me.
Sofro pelos amores-vividoas,
Ainda não-vividos
E por viver.
Quero-os
E rejeito-os,
Num só e mesmo instante
De plena inquietude,
Que me ex-tasia a Alma,
Atormentada,
Vagueante pelos caminhos,
Por onde não vou.
Isabel Rosete
A solidão da ausência do Amor,
Torna-se insuportável.
A Alma esmorece,
O coração des-falece
No eterno retorno de um ciclo perpétuo,
Onde o tempo se esgota.
Isabel Rosete
No Poema
Ecoam todos os sons
Das palavras-de-origem,
Da origem das palavras;
No Poema
Eclode a verdade do Ser,
Na sua des-velação total;
No Poema
Epifaniza-se o Mundo,
Na clareira do Ser,
Sempre em aberto.
Orfeu,
O deus da Lira e do Canto,
Da Música e da Poesia,
Da catarsis musical…
Das Palavras,
Que o Mundo dizem,
E encantam.
Sempre presente,
No reino dos vivos
E dos mortos,
Une-os e separa-os,
Num Tempo redondo.
Amando,
Padecendo,
Lamentando-se…
Sempre cantando,
Sempre celebrando
A Natureza e o Amor,
Em todos os seus estados
De (des)Graça,
Caminha Orfeu,
Por entre montes e vales.
Uma dádiva de magia,
É o deus,
Que os rochedos
Comovia,
Em doce e eterna alegria,
Sem pausas,
Sem silêncios…
Também des-pedaçado,
Espalha-se,
Fragmentado,
Pelos leitos
Dos rios,
Que nunca param.
E,
Morto,
Pela fúria das Ménadas,
Embriagadas por Dioniso,
Aí está,
Orfeu,
Ex-tasiado!
Ao Hades desceu,
Um dia,
Pela força do Amor que o movia.
Mas,
Depois de um olhar-para-trás,
Cumpre-se o seu Destino,
Que a amada
Jamais lhe traria.
Hoje,
Paira Orfeu,
O príncipe tárcio,
Por entre os corações dos amantes,
Inquietos,
Perturbados por um Amor
Não alimentado,
Não correspondido,
Enfadado...
Isabel Rosete
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